Na nossa Universidade, em especial pelo Departamento das Ciências do Desporto, Exercicio e Saúde, somos chamados a pensar a realidade de forma crítica e exigente desde o primeiro dia, debatendo e trocando ideias. Desde a entrada no mercado de trabalho cada vez mais condicionada no seu acesso pelo conservadorismo e sectarismo às dificuldades que Bolonha, tão bem implementado no geral da academia, trouxe aos nossos planos curriculares e legitimação no exercício das nossas competências. A reforma urgente que a atual conjetura reclama sob pena de se ver fraquejar um dos mais fortes pilares da Educação, descredibilizando a nossa atividade pela qual nos esforçamos todos os dias. É, pois, neste contexto de profunda crise, que tanto sentido faz apoiar soluções e projetos inovadores baseados no conhecimento, na ciência e na tecnologia, suportados por um universo já de referência de investigadores, cientistas, engenheiros, gestores e professores com elevados níveis de qualificação, que num formato de excelência, elevam o bom nome da nossa Universidade. Assim sendo, devemos, primordialmente, assumir como nossa função ouvir as vossas preocupações, mostrando que estamos convosco nas lutas mais vitais.

Falando um pouco do trabalho desenvolvido pelo Núcleos de Estudantes de Desporto (NED), prossegue as suas atividades no respeito dos princípios da liberdade, democraticidade e representatividade, concretamente, cabe-nos a nós NED, o ónus da responsabilidade social, económica e política, garantindo a ligação da escola à realidade atual. Cabe-nos, portanto, garantir que toda a comunidade estudantil tem acesso à cultura, ao desporto e à formação técnica e científica especializada, formando assim indivíduos nas várias áreas específicas cada vez mais qualificados.

Como todos bem sabemos, vivemos momentos de grave crise económica e financeira mundial, momentos que não chamam ao otimismo. No entanto, contrariando as expetativas,  desenvolvemos  unidade de ação e solidariedade entre os alunos da UTAD, lutando pela melhoria das condições socioeconómicas dos estudantes, de modo que o ensino seja possível a todos; pugnamos pela criação de condições de efetiva participação dos estudantes nas atividades da escola, no campo pedagógico, técnico, científico e cultural; estabelecer relações de cooperação e solidariedade com outras organizações estudantis, nacionais e internacionais; contribuímos para o incremento de iniciativas conducentes à concretização de um ensino democrático na escola; lutamos pela participação efetiva dos estudantes na gestão democrática da escola; realizamos ações de formação complementar especifica, acessivel e especializada, através de protocolos com instituições certificadas; e promovemos eventos sociais de índole recreativa, desportiva e de solidariedade.

Importa-me dizer ainda, que enquanto Representante dos nossos estudantes não ficamos apenas “reféns” das eventuais reclamações que nos chegam, pelo que procuramos, em conjunto com as demais organizações estudantis, realizar periodicamente um levantamento das principais necessidades dos Estudantes e em seguida discuti-las com os principais órgãos responsáveis. Posso dizer-vos que com esta metodologia de seriedade, diálogo e respeito mútuo tem-se conseguido dar respostas positivas a essas mesmas necessidades.

Citando Fernando Pessoa, tudo vale a pena quando a alma não é pequena, pois conscientemente, este é o trabalho desenvolvido por nós, em prol da nossa comunidade academia.